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Decolonizar para libertar: práticas antirracistas na escola

Estado: Rio de Janeiro (RJ)
Etapa: Ensino Fundamental II
Modalidade: Educação de Jovens e Adultos
Disciplinas: Artes, Biologia, Educação Física, Espanhol, Filosofia, Física, Geografia do Brasil, Geografia Geral, História do Brasil, História Geral, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia
Formato: Híbrido

Objetivo geral: Engajar-se de forma ética e responsável na luta antirracista na escola e em
espaços virtuais.

Objetivos específicos:

  • Ler, assistir e debater textos e vídeos que abordem a temática do racismo em uma perspectiva decolonial;
  • Reconhecer e contribuir com pesquisas e informações confiáveis retiradas da Internet que enriqueçam a temática trabalhada nas aulas;
  • Aprender a identificar e conter práticas de desinformação e casos de discurso de ódio;
  • Formular e divulgar propostas de resistência e enfrentamento do racismo – e de outras formas de opressão – em situações cotidianas nas redes sociais.
  • O continente africano em sua diversidade e complexidade: breves considerações;
  • O apagamento histórico e cultural dos nossos antepassados negros e indígenas;
  • O racismo e interseccionalidades;
  • O Racismo estrutural;
  • Histórias negras de resistência e enfrentamento;
  • Escrevivências: Maria Carolina de Jesus e Conceição Evaristo;
  • Fontes de informação seguras X desinformação;
  • Discurso de ódio e consequências: aprendendo a identificar e combater;
  • O amor em uma perspectiva política
  • Criando e divulgando práticas antirracistas

Metodologia

Esta sequência didática é composta de 10 aulas, sendo 5 delas intituladas e inspiradas por texto e/ou vídeo de alguma importante pensadora e estudiosa negra. As contribuições das autoras servirão como ponto de partida para as discussões acerca da temática do racismo e  interseccionalidades e orientam temas a ser pesquisados pelos (as) alunos (as) assuntos na aula subsequente.

Assim, uma aula será expositiva com o assunto trazido pelo (a) professor (a); a outra, com pesquisas e apresentações dos estudantes. Com o material enviado previamente via Whattsapp, o (a) professor (a) monta o Powerpoint para a fala do (a) aluno (a) em sala antes de sua apresentação, que deve ser finalizada com debate e conclusões sobre a temática e o processo de pesquisa. É importante realizar uma escuta atenta para as dificuldades as quais os (as) estudantes possam vir a relatar com relação a qualquer etapa do processo, dialogando e buscando soluções em conjunto.

Na primeira aula da sequência, recomenda-se compartilhar o planejamento das aulas e ouvir sugestões para alguma modificação. A proposta aqui apresentada pode ser trabalhada em conjunto e/ou paralelamente com o currículo de todas as disciplinas, fomentando atividades e discussões e servindo como um ponto de diálogo entre elas.

É recomendável que o (a) professor (a) mediador dos debates se aproprie da bibliografia básica. O (a) aluno (a) deve ser envolvido em todo o processo, participando ativamente dos debates em sala, sugerindo assuntos e enviando material via Whatsapp para que o (a) professor (a) organize o material coletado para formatação e apresentação nas aulas presenciais. Através do material coletado, o (a) professor (a) analisa a veracidade e as fontes das informações recebidas, ampliando o debate para a turma sobre Fake News e campanhas de desinformação.

O diálogo e a troca de informações entre alunos (as) e professores (as) deve permear todo o trabalho, seja nas aulas presenciais ou através de interações via grupo de Whatsapp. Essa interação vai embasar as aulas discussões em sala.Vale salientar que as pesquisas sugeridas como desdobramento de cada aula podem ser modificadas de acordo com contribuições e sugestões dos alunos, desde que não fujam da temática do racismo e interseccionalidades.

Na última aula da sequência, os trabalhos serão organizados e reunidos para divulgação em rede social eleita pelos estudantes através da criação de um perfil coletivo.

As aulas serão assim distribuídas:

1) Chimamanda Nigozi
Vídeo para discussão: O perigo de uma história única Temas:
O continente africano na sua diversidade e complexidade: breves considerações; O apagamento
histórico e cultural dos nossos antepassados negros e indígenas.

Pesquisa sugerida aos alunos:Procure imagens, vídeos e/ ou textos na internet sobre o continente africano. 1.1) Montagem e apresentação das pesquisas.

2) Angela Davis
Texto para discussão: livro Raça, gênero e classe (resumo) e conceito de Interseccionalidade.
Temas: O racismo e interseccionalidades;
O racismo sutil
Pesquisa sugerida aos alunos: Movimentos de resistência antirracista
2.1) Montagem e apresentação das pesquisas.

3) Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo
Textos para discussão: trechos dos livros Quarto de despejo: diário de uma favelada e
Becos da memória.
Tema:EscrevivênciasPesquisa sugerida aos alunos: Escritores e escritoras
negras da Literatura Brasileira.
3.1) Montagem e apresentação das pesquisas.

4) bell hooks
Vídeo para discussão: Para que exista amor, é preciso justiça e equidade.Temas: O amor em uma
perspectiva política; Discurso de ódio e suas consequências.Pesquisa sugerida aos alunos:
Práticas antirracistas: compartilhar, criar e transformar.4.1) Montagem e apresentação das pesquisas.

5) Djamila Ribeiro:
Temas: Leitura esquemática do livro Pequeno Manual Antirracista;
Ampliando os conselhos do livro a outras pautas identitárias.
5.1) Organização e Metodologia: divulgação.

Recursos Necessários

1 notebook com pacote Office e acesso à Internet; Celulares com acesso à Internet; Cópias de
textos impressos; Data show; Caixa de som USB.

Duração Prevista

Trimestral

Processo Avaliativo

Será avaliada a participação do (a) aluno (a) na curadoria de material pesquisado na internet, no compartilhamento de informações coletadas através dos debates em sala de aula e no engajamento nas propostas de enfrentamento ao racismo apresentadas.

ADICHIE, Chimamanda. O perigo de uma história única_ dublado em português. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc (acesso em12/10/2021).

EVARISTO, Conceição. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas editora, 2019.

____. “A escrevivência serve também para as pessoas pensarem”. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/noticias/conceicao-evaristoa-escrevivencia-serve-tambem-para-as-pessoas-pensarem/ (acesso em 15/05/2022)

GERALDO, Nathália. “Angela Davis faz 78: 3 lições revolucionárias que aprendemos com ela”. Disponível em: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/01/26/angela-davis-faz-78-
revolucionaria-ainda-hoje-ela-inspira-mulheres-negras.htm (acesso em 15/05/2022).

JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo – Diário de uma favelada. São Paulo: Francisco, Ática,
2014.

NOGUEIRA, Renato. Para que exista amor é preciso haver justiça e equidade. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=l6JdDQ2grQI. (acesso em 15/05/2022).

RIBEIRO, Djamila. Pequeno manual antirracista. São Paulo: Companhia das letras, 2019.

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