Desigualdades e Conhecimentos: transformações, desafios e estratégias após 10 anos da Lei de Cotas
O mapeamento “Desigualdades e Conhecimentos: transformações, desafios e estratégias após 10 anos da Lei de Cotas” foi recentemente publicado pela organização InternetLab. A partir de levantamento de atrizes e atores […]

O mapeamento “Desigualdades e Conhecimentos: transformações, desafios e estratégias após 10 anos da Lei de Cotas” foi recentemente publicado pela organização InternetLab. A partir de levantamento de atrizes e atores sociais atuantes na academia, em movimentos sociais e/ou no terceiro setor que estão envolvidas(os) com o tema, a organização reuniu lentes para entender as principais barreiras encontradas para produção e circulação do conhecimentos online e offline quando a autoria é de pessoas pertencentes a grupos historicamente subalternizados.
Juliane Cintra, coordenadora da TECLA e participante do grupo de trabalho, elabora:
“É muito importante que a gente repense essa epistemologia negra, feminista, da tecnologia a partir também do olhar e do modo como a gente se organiza para assegurar a mobilização política em torno destas pautas. Porque não é só abrir espaço para pessoas negras, por exemplo, para estarem dialogando sobre, mas é, também, repensar os espaços de mobilização e articulação política no campo – porque, muitas vezes, são esses espaços que são decisivos para a definição de políticas públicas e outras dimensões. E a gente sente que, no campo da organização de direitos humanos, ainda, em sua maioria, são organizações brancas, que estão nos espaços de decisão, estão conduzindo os debates relacionados a direitos digitais. E aí a gente acaba não acolhendo organizações do movimento negro, de mulheres negras e outros coletivos que não estão organizados na lógica que a gente definiu para a institucionalidade. Então, a gente volta de novo “para que tudo que tem não nos cabe” e como isso é estruturado para ser dessa maneira excludente. É uma estratégia que faz com que a gente não se sinta parte e nem autor dessas perspectivas todas. ”
Baixe o arquivo da publicação em: https://internetlab.org.br/wp-content/uploads/2022/09/relatorio_desigualdades_portugues_02092022.pdf